MONSTRO (parte II: Hecatombe) estreia dia 18 de Dezembro às 21h30 na ZDB

ZDB

De 18 a 21 de Dezembro às 21h30

Monstro é o nome do todo.
Calamidade foi a primeira parte, construída com a cumplicidade de espaços e estruturas como o CITEMOR, o Alkantara e o Teatro Pradillo em Madrid. Nele, falávamos de uma perspectiva mais de fora para dentro na procura das razões deste lamaçal-lodo em que nos vemos metidos e para o qual ninguém parece ter uma explicação plausível, nem tão pouco consegue traçar a genealogia do como começou. E não nos entendam mal, não estamos a falar da crise económica – mas deste mal de vivre cá dentro, desta crise de valores mais do que tudo, esta crise de esperança, esta crise política, sim, ou melhor, crise ideológica (que como todos sabemos também já não é de agora), esta coisa a que chamámos Monstro – que nos agarra, agarra, agarra – e nós, como o Coiote, a tentar escapar mas a correr no ar até nos darmos conta que ups! lá em baixo é o abismo.
Enfim, adiante, novo capítulo: Hecatombe. Uma segunda parte agora dirigida por Maurício Paroni de Castro, que escreveu a propósito deste espectáculo:

A linha ténue entre nós

Esta segunda fase de trabalho vê três actores – Joana Craveiro, Tânia Guerreiro, Gonçalo Alegria –  e o seu director – Maurício Paroni de Castro – envolvidos na escrita cénica de uma caminhada emocional pelo espaço vazio entre as nossas individualidades pessoais e quatro personagens  da dramaturgia convencional, nomeadamente: Nora, de Casa de Bonecas (Ibsen), a Qualquer Uma de Como tu me Quiseres (Pirandello), Hamlet e o fantasma de seu pai, de  Hamlet (Shakespeare).
Tal caminhada é cartografada dramaturgicamente pela actuação de  algumas passagens-chave que eles decidem interpretar ou ler das suas respectivas  personagens. O público testemunhará o traçar das linhas cartográficas entre as mesmas passagens – pontos cardeais – e poderá vir a estabelecer paralelismos, dicotomias, abismos e limites entre individualidades assim relacionadas. Isto favorece estarmos em primeiro plano diante da história pessoal que é a carne das personagens e hecatombes encenadas que sempre nos é escondida nos palcos.
Trata-se de momentos fugazes  de um intimismo que somente a  arte do teatro pode ensejar – desde que  feito desta maneira particular e tão pessoalmente empenhativa. Espero que se tenha reflexão e deleite pessoal nestas réplicas irrepetíveis; porque nós é que somos irrepetíveis, nós é que temos visões irrepetíveis e feitas da nossa própria carne e pensamento, enquanto material dramático.

Mauricio Paroni de Castro

Nesta segunda parte a viagem é interior. As ligações com a primeira parte têm que ser procuradas por entre as linhas que traçamos – diferentes a cada dia – nesta complexidade de se ser humano e perdido no meio das nossas próprias contradições.

Direcção, dramaturgia e lição: Maurício Paroni de Castro?
Co-criação e interpretação: Gonçalo Alegria, Joana Craveiro, Tânia Guerreiro
Voz do original Ibseniano: Zoe Barossi
Ruído: Cardeal da Alegria e Isabelle Coelho?
Assistência de encenação: Isabelle Coelho?
Assistência a tudo o resto: Sylvia Soares?
Produção: Joana Vilela?

O Teatro do Vestido é financiado pelo Governo de Portugal/ Secretaria de Estado da Cultura/ Direcção Geral das Artes

Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian, ZDB, Teatro Meridional

Outros apoios ao Projecto Monstro: CITEMOR, Alkantara

Portugal Brasil Agora

RESERVAS: reservas@zedosbois.org | 213 430 205

 

 

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