HISTORIADORESEstreia Novembro 2024Co-produção: CCB/Fábrica das Artes, Teatro do Vestido, Teatro Miguel Franco primeiro percebemos que os resultados da disciplina de História no secundárioestavam a piorar.depois quisemos perceber porquê.depois perguntámo-nos porque é que um historiador se torna historiador.e assim nasceu este … Continue reading →
More Galleries|Comments Off on Teatro do Vestido | Em Digressão 2025-2026
“Estar atento, só por si, pode rivalizar com a mais ponderosa lente de aumentar.” Robin Wall Kimmerer
Laboratório de trabalho artístico em torno das ideias de terra, escuta, observação, geografia, comunidade e criação, a Escola de Verão do Teatro do Vestido teve a sua primeira edição em 2023 e regressa agora numa nova geografia: Montemor-o-Novo.
O Teatro do Vestido propõe aos participantes um espaço de experimentação artística e de respiração com lugares e pessoas. Aberto à comunidade artística nacional e internacional, bem como a outras disciplinas e interesses (como jornalismo, antropologia, história, arqueologia e mesmo as ciências exactas), esta Escola de Verão pretende criar um momento laboratorial de exploração, observação, partilha e criação artística.
A escola desenvolve-se em modelo intensivo de trabalho de criação, pesquisa, observação e apresentação, ao longo de cinco preenchidos dias, em que os participantes tomarão contacto com a equipa do Teatro do Vestido, as suas práticas e pensamentos, bem como com a comunidade envolvente, a partir da qual se trabalhará.
O Teatro do Vestido é um colectivo teatral formado em 2001 e que trabalha continuamente para desenterrar histórias, memórias e, no geral, camadas de sentidos, sentimentos e reflexões sobre o nosso atribulado quotidiano/país/mundo. Dizer que fazem ‘teatro documental’ é, no seu entender, reduzir um pouco o espectro do seu trabalho. Preferem dizer que fazem ‘teatro político’, com tudo o que isso engloba e implica.
coordenação: Joana Craveiro equipa de formadores: Estêvão Antunes, Francisco Madureira, Joana Craveiro, Tânia Guerreiro assistência: Henrique Antunes direcção de produção: Alaíde Costa apoio: Alma d’ Arame, Oficinas do Convento agradecimentos: O Espaço do Tempo
participantes: 12 data limite de inscrição: 15 de Julho de 2024 comunicação de selecção: 16 de Julho de 2024
valores de inscrição (inclui seguro de acidentes pessoais): 150€ – com 4 almoços incluídos (de 23 a 26 de Julho) 175€ – com 4 almoços e 5 jantares incluídos (de 22 a 26 de Julho)
As refeições serão cozinhadas localmente e exclusivamente para os participantes da Escola de Verão, com atenção às restrições alimentares.
FOR ENGLISH SEE BELLOW
“Attentiveness alone can rival the most powerful magnifying lens.” Robin Wall Kimmerer
This artistic laboratory is set upon the ideas of deep listening, observation, geography, land, community, and artistic practice. The summer school’s first edition took place in 2023 and returns now in a new location: Montemor-o-Novo.
Teatro do Vestido proposes a space of artistic experimentation and breathing together – with the place and its inhabitants. This laboratory is opened to the national and international artistic community, as well to people from cross-disciplines and interests (journalism, anthropology, history, archeology, and sciences in general). It is a space for exploration, observation, sharing and artistic practice.
This summer school will unfold within an intensive work model throughout 5 full days, where the participants will be in touch with the practice and thoughts of Teatro do Vestido, as well as with the surrounding community (a departing point for the work).
Teatro do Vestido is a theatre collective created in 2001, which continuously works to unearth stories, memories, and layers of meaning in everything, whilst reflecting about our troubled daily lives/country/world. People label Teatro do Vestido’s work as ‘documentary theatre’, but that sort of reduces a bit its scope. They rather say they make ‘political theatre’, with all that it implies, and all the scope being covered by that statement. The political is, so they believe, everywhere and in everything.
coordination: Joana Craveiro team of trainers: Estêvão Antunes, Francisco Madureira, Joana Craveiro, Tânia Guerreiro assistance: Henrique Antunes production director: Alaíde Costa support: Alma d’Arame, O Espaço do Tempo, Oficinas do Convento
participants: 12 registration deadline: July 15th selection communication: July 16th
registration fees (includes personal accident insurance): 150€ – with 4 lunches included (from 23rd to 26th July) 175€ – with 4 lunches and 5 dinners included (from 22nd to 26th July)
Meals will be cooked locally and exclusively for Summer School participants, with attention to dietary restrictions.
O TEATRO DO VESTIDO TEM O APOIO DE
Posted inTdV|Comments Off on CONVERSAR COM A TERRA | ESCOLA DE VERÃO DO TEATRO DO VESTIDO 2024 | 2ª EDIÇÃO
Revisitamos hoje, Junho de 2024, o nosso Museu Vivo. Ao longo dos últimos 13 anos (a investigação para este espectáculo começou em 2011), muita coisa aconteceu. Na verdade, e como sabemos, as coisas não deixam de acontecer em permanência, e a isso se chama história (escrevo aqui com h pequeno; faz-me sentido). Não é por isso que o arrepio de medo e de frio e de ânimo e de expectativa é menor quando estamos prestes a abrir a porta a 6 horas desta viagem.
O frio está cá. Ele vem da vontade de querer fazer isto convosco.
1. Reconstituição
Esta é talvez a décima folha de sala que escrevo para este espectáculo, e em todas me parece importante explicar como tudo isto começou: Este projecto parte de uma investigação sobre memórias, narrativas, construções e imagens de 88 anos da história de Portugal, a partir da instauração da ditadura militar (1926) que iria dar origem ao Estado Novo (1933), e prolongando-se até às comemorações dos 40 anos do 25 e Abril de 1974, em 2014. Depois disso, continuámos sempre a pesquisar e a tomar notas no nosso caderno, e a recolher mais e mais histórias pessoais.
2. As pequenas memórias
Porque não sou historiadora e este não é um projecto de história; porque procurei encontrar vozes cuja história não estava acessível no espaço público nem nas narrativas que estão fixadas nos manuais de história (com H grande, dizem); porque procurei escavar e desenterrar a minha própria relação pessoal, familiar e geracional com tudo isto; porque, quando estreámos, estávamos no meio de uma crise financeira que nos diziam por vezes sem precedentes e outras vezes com antecedentes e estava difícil de perceber como tínhamos chegado até ali e quando é que as coisas tinham começado a correr tão mal – por estas razões e outras, a expressão “memórias pequenas” está no título do espectáculo. Gosto de pensar que não “dei voz aos que não têm voz”, porque acredito que todos têm voz, várias vozes, até. Prefiro o verbo amplificar.
3. 6 horas
É mais ou menos isso. Menciono a duração porque ela é importante e define uma boa parte do que este espectáculo é ou tenta ser: um mergulho. Não encontrámos forma de o tornar mais curto; pelo contrário, foi-se tornando mais longo (denso?) desde a sua estreia em 2014, com adendas, notas de rodapé, histórias improváveis, um fragmento sobre a emigração portuguesa para França que nos foi proposto pelo Thêatre de la Ville e o São Luiz Teatro Municipal – e essas tais coisas todas que não deixam de acontecer, mesmo que nós as queiramos fixar num texto teatral e repetir sempre as mesmas palavras, as mesmas linhas de texto, como se só tivessem acontecido aquelas e não outras depois disso. A vida, simplesmente, não é assim. Não pára. Aos acontecimentos sucedem-se outros acontecimentos e outras (novas) formas de os entender.
4. É preciso referir
Nestes últimos dez anos, também, o próprio teatro português e a sua relação com a memória, com a história, com o documental, com os arquivos, com as histórias de vida, foi-se desenvolvendo e florescendo com uma pungência que o ano de 2014 – o das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril – não deixava adivinhar. Embora mais timidamente, isto tem sido acompanhado pelo próprio Estado e pelas suas políticas da memória – essa coisa sobre a qual nada sabíamos até há uns anos.
Uma das boas notícias deste 50º aniversário do 25 de Abril é a inauguração do nosso primeiro museu nacional dedicado à memória: o Museu Nacional Resistência e Liberdade, na Fortaleza de Peniche.
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Um museu vivo de memórias pequenas e esquecidas tem navegado momentos políticos vários da história presente do país ao longo destes últimos 10 anos, sempre na mesma convicção de que a memória – essa coisa frágil que nos constitui – deve ser fixada, preservada, transmitida, questionada, também – e amplificada (já o disse mais acima). Memória aqui escrita no singular com m pequeno que é na verdade grande (M), e que pretende significar o seu plural: Memórias. Não há duas iguais, e não se conseguirá falar de todas. Estas são as que foram fixadas neste trabalho que é uma homenagem a isso mesmo: às experiências reais e memoráveis de um conjunto de pessoas que generosamente as partilhou comigo – convosco.
Joana Craveiro (escrito na ortografia antiga)
Investigação, texto, direcção e interpretação: Joana Craveiro Colaboração criativa e assistência: Rosinda Costa (na versão de 2014-16) e Tânia Guerreiro Figurinos: Ainhoa Vidal Desenho de luz, adaptação técnica, operação: João Cachulo Montagens: Cristóvão Cunha Operação de som: Igor de Brito Montagens e assistência vídeo: João Pedro Leitão Operação de vídeo: Henrique Antunes Direcção de produção: Alaíde Costa Apoio: Estêvão Antunes, Francisco Madureira Apoio técnico: FX Roadlights Co-produção: Teatro do Vestido, Negócio / ZDB, São Luíz Teatro Municipal Apoios: Citemor – Festival de Montemor-o- Velho, Alkantar Digressão com o apoio: Abril é Agora
Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas estreou-se em 2014, no contexto da Tese de Doutoramento de Joana Craveiro. A realização da tese contou com o apoio de República Portuguesa – Ciência e Tecnologia, Fundação para a Ciência e Tecnologia, QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional, UE – Fundo Social Europeu.
O TEATRO DO VESTIDO TEM O APOIO DE
Posted inTdV|Comments Off on Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas | Teatro Sá da Bandeira de Santarém – 23 de Junho