TdV Apreciação da Dgartes (Apoio Biénio 2009-2011)

Parafraseando a Joana Craveiro, “ganhámos mais uma batalha!”. Recebemos o apoio da Dgartes para os anos 2009-2011.

Segue, a apreciação do júri da Dgartes relativa à nossa candidatura:

Joana Craveiro e Tânia Pereira são as responsáveis artísticas do grupo Teatro do Vestido. São uma estrutura de criação que desenvolve um trabalho de pesquisa e experimentação, peculiar às preocupações estéticas e artísticas que têm constituído a identidade do grupo.

ZDB/Negócio, Bomba Suicida, Instituto Franco-Português. Karnart, Espaço Ginjal e Fábrica do Braço de Prata, foram as entidades parceiras do Teatro do Vestido no ano de 2008, para apresentação de uma estreia, uma reposição, uma actividade de leituras encenadas e um projecto pedagógico.

Para o biénio a concurso é apresentado um programa artístico e um plano de parcerias, que inclui projectos em diversas áreas teatrais, que tem como objectivos: 1 – Intervenção e Colaboração (intervenção performativa em espaços públicos de Lisboa e Porto); 2 – Criação/Literatura (dois espectáculos baseados em textos literários, representativos dos universos feminino e masculino); 3 – Residência de Criação; 4 – Pedagógico (Laboratório de Formação sobre “criação”, com 3 edições para 2009); 5 – Criação/documentário; 6 – Fusão Literatura e Documentário

O programa é ambicioso e demonstra uma capacidade do grupo se pensar como estrutura capaz de integrar a cena teatral. Está em projecto a publicação dos textos e guiões do trabalho.

A publicação semestral de uma “fanzine” também está agendada. A descentralização do trabalho é outra das preocupações mencionadas, levando ao estabelecimento de parcerias com entidades no Alentejo e Porto (a estrutura não tem instalações próprias de apresentação de espectáculos).

A parceria com a Fnac será instrumental para a concretização de um programa paralelo que inclui palestras, conversas informais, e visionamento de filmes numa acção de visibilidade do trabalho do grupo e angariação de público. As residências com as Oficinas do Convento em Montemor-o-Novo e com o Festival Escrita na Paisagem serão instrumentais para o diálogo artístico inerente ao processo de criação do Teatro do Vestido. Ambas as acções têm comprovativos.

A dependência do apoio solicitado é de 63%, revelador de uma natural dificuldade em gerar receitas próprias e angariação de outros financiamentos, num momento de consolidação e crescimento da estrutura. As parcerias envolvidas revelam-se emblemáticas da capacidade de relacionamento com instituições e outras estruturas teatrais, contrabalançando essa dependência orçamental.

A candidatura está bem elaborada oferecendo garantias de uma execução dentro do programa apresentado e é reveladora de uma maturidade artística e de gestão que confere à estrutura fôlego de crescimento. São índices a vasta documentação comprovativa, um orçamento bem executado, uma reflexão coerente sobre o trabalho criativo, e um percurso que não esmoreceu desde o seu início em 2001 com dez espectáculos realizados.

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