ESTREIA HOJE | LUX FRÁGIL (LISBOA)

Aquilo que ouvíamos
Uma criação do Teatro do Vestido

Sessões 15, 16, 17, 18, 19, 20 Junho | 20h00
e 22, 23, 24 e 25 Junho | 20h00 
Bilhetes à venda em www.teatrosaoluiz.pt     

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Foto (c) João Paulo Serafim

 Aquilo que ouvíamos

era exactamente assim que era
se nos lembrássemos de como era
e,
de certa forma,
lembramo-nos.

 

‘Está a gravar?’
Desta vez voltámos para nós próprios o gravador.
Convidámos uma banda (3 músicos) e mais 2 músicos, num total de 5, para que, no barulho ensurdecedor que fazem (chama-se música, pá!, ah, pois é), não nos deixarem pensar assim muito. Lembrarmo-nos, chega. Contar uns aos outros, chega. Dançar, também. Cantar, por vezes, trautear, outras. Outras, só ficar a ouvir, chega.
Desta vez, voltámos para nós o gravador.
Está a gravar, sim, o que é contas sobre isto?

Aquilo que ouvíamos parte das nossas experiências de escuta de música alternativa – de diferentes estilos – de meados dos anos 80 à passagem para os anos 90 (sendo que, em cena, estão diferentes gerações, por isso será mais rigoroso dizer que se estende no tempo para além [e antes] desse tempo). É, sobretudo, um espectáculo sobre como a música foi e é parte da identidade das pessoas que a escutam, e sobre um tempo em que a materialidade da música era crucial e em que muitas das nossas actividades e vivências se organizavam em torno disso.
Por exemplo, comprar vinis com parcas mesadas, trocá-los no pátio da escola secundária, fazer amigos por causa disso, comprar cassetes para gravar esses vinis, que assim se multiplicavam, ou comprar cassetes de concertos mesmo raros e mesmo mal gravados mas muito preciosos, ou cassetes gravadas com programas de rádio feitos por nós e para nós. Ou, quando aquilo que ouvíamos era muito daquilo que nós éramos – ou, como a música nos conferia uma identidade.

Aquilo que ouvíamos leva-nos numa viagem por histórias pessoais de relação com a música e o seu consumo, que criaram e definiram identidades ao longo do tempo que ainda perduram.


Há uma proposta de dress code para esta peça. Não a tomem como imposição, mas como um convite: aos que ouviam ‘aquilo’, recuperar esses figurinos da adolescência, a roupa preta, as doc martens e tudo o resto que nos distinguia. Aos que não ouviam, convidamo-vos a vestirem-se de forma especial para esta viagem.Fica o convite.
Até já


Texto e Direcção Joana Craveiro Co-criação e interpretação Estêvão Antunes, Inês Rosado, Joana Craveiro e Tânia Guerreiro Músicos convidados (co-criação, composição e interpretação) Bruno Pinto, Francisco Madureira e Loosers (Guilherme Canhão, José Miguel Rodrigues e Rui Dâmaso) Participação especial Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya Colaboração criativa Sérgio Hydalgo Cenografia Carla Martinez Figurinos Tânia Guerreiro Imagem João Paulo Serafim Vídeo directo João Paulo Serafim, e Henrique Antunes, Sónia Guerra, Tatiana Damaya Iluminação Leocádia Silva Som Pedro Baptista, Sérgio Milhano (PontoZurca) Operação de Som Pedro Baptista Direcção de Produção Alaíde Costa Assistência Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya
Apoios Câmara Municipal de Lisboa – Polo Cultural das Gaivotas, Centro Cultural Vila Flor, FX RoadLights, ZDB
Co-produção EGEAC – Programação em Espaço Público e São Luiz Teatro Municipal, Teatro Nacional São João e Teatro do Vestido

Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra e Tatiana Damaya participam no projecto no contexto de estágio curricular, ao abrigo de protocolo entre o Teatro do Vestido e a ESAD.CR 

O Teatro do Vestido tem o apoio de República Portuguesa – Cultura | DGARTES

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