Um Mini-Museu Vivo
DE MEMÓRIAS DO PORTUGAL RECENTE

ADENDA CABO-VERDE

4 DE NOVEMBRO
FESTIVAL MINDELACT
Centro Cultural do Mindelo, CABO-VERDE

21H30

Este projecto parte dos materiais que são a base da construção do monumental Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas. Inspirando-se na estrutura em 7 partes do espectáculo-mãe, o Teatro do Vestido revisita aqui o seu arquivo – com diversos materiais inéditos –sobre a ditadura de 1926-1974, a revolução de 25 de Abril de 1974 e o processo revolucionário de 1974-76. Construído em resposta ao convite do CCB/ Fábrica das Artes, em 2017, e inserido no ciclo Memórias de Intenção Política, o projecto será aqui revisitado e revisto à luz das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. A par do conjunto de apresentações que terá lugar em Fevereiro de 2024 no Pequeno Auditório do CCB, o espectáculo será apresentado em Novembro de 2023 em Cabo Verde, inserido no Festival Mindelact.

Um Mini-Museu Vivo de Memórias do Portugal Recente leva o público pela mão nesta viagem cronológica, que começa com a descoberta de uma caixa cheia de panfletos e evidências de um conjunto de utopias hoje caídas em desuso, são aqui enunciados mais de 80 anos de história que nos conduzem à presente democracia. Neste “Mini-Museu” encontramos histórias de pessoas comuns que não foram fixadas nos manuais de história tal como ela é ensinada nas escolas. Os pequenos objectos, as fotografias de família, um velho livro de uma biblioteca pessoal, um recorte de jornal guardado entre as páginas de um diário – testemunhas de outras formas possíveis de lembrar e contar estas histórias. Quase cinquenta anos depois do 25 de Abril, já são os filhos de Abril que transmitem as memórias que ouviram contar, a outros para quem este passado é já um ‘país distante.’

E, no entanto, como mostra este espectáculo, este passado faz muito daquilo que é o nosso presente. Não o conhecer, não saber como chegámos até aqui, é como faltar-nos um mapa para o futuro. A pretexto da passagem pelo Mindelact, o Teatro do Vestido propõe-se fazer aqui uma adenda ao Museu – na sua tradição de ‘adicionar’ novas partes, como já tinha feito no espectáculo-mãe – a partir da história colonial portuguesa, com especial incidência sobre Cabo Verde e, nomeadamente, as lutas travadas pelos movimentos de libertação – neste caso (e no da Guiné) sob o comando de Amílcar Cabral. A revisitação do campo de concentração do Tarrafal, hoje um museu de memória – já presente no texto original do espectáculo – também terá um lugar particular nesta adenda. A jovem intérprete e criadora Dúnia Semedo, com quem se cruzou em Meio no Meio, criação de Victor Hugo Pontes, é convidada para a revisitação e releitura destes materiais, agora alimentados pela sua presença e pela sua história de deslocação, e resgate identitário. Dúnia saiu de Cabo Verde aos 8 anos, junto com os pais, por motivos económicos, e teve sempre o desejo de voltar e viver no seu país. Esta criação permitir-lhe-á regressar a Cabo Verde e interrogar em palco a sua própria história e colocá-la lado a lado com os difíceis legados do colonialismo português e da ditadura portuguesa.

A criação deste novo capítulo dedicado a Cabo Verde, foi antecedida por uma residência de investigação de Joana Craveiro em Cabo Verde.


classificação etária: M/12
duração: 1h45
mais informações sobre bilheteira e reservas: +238 957 88 93 ou mindelact@gmail.com

Concepção, texto e performance Joana Craveiro Interpretação Dúnia Semedo Assistência Criativa Rosinda Costa (na versão de 2017) e Tânia Guerreiro Assistência Henrique Antunes Desenho de Luz João Cachulo Direcção Técnica, Operação de Vídeo e Iluminação(CV) João Pedro Leitão Operação de Som Igor de Brito Direcção de produção Alaíde Costa Assistência de produção (PT) Rita Conde 

Apoio FX RoadLights


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