QUOTIDIANO REVOLUCIONÁRIO DAS MULHERES e BAIRRO DAS EX-COLÓNIAS

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2 a 4 de Março| 20h | La Puerta Estrecha, Madrid

Duas palestras performativas do Teatro do Vestido

Estas duas palestras performativas exploraram as linguagens e dispositivos cénicos com que o Teatro do Vestido tem vindo a abordar a memória política portuguesa da Ditadura (1926-1974) e da Revolução (25 de Abril 1974 até Novembro de 1975), bem como do colonialismo português e do processo de descolonização que se seguiu ao fim da ditadura portuguesa. Combinando objectos imagens, arquivos privados com recolha de testemunhos de agentes e intervenientes directos, e uma profunda pesquisa bibliográfica, o trabalho do Teatro do Vestido documenta, interpela, questiona, as transmissões da história dita oficial, propondo novas narrativas a partir da pequena memória – de pessoas cujas história nunca foi contada. Tudo isto através de um teatro que é documental, político, poético, e que tem recebido enorme reconhecimento nacional e internacional pela sua original, pertinência e acutilância.

Nestas duas palestras – representativas de tudo o que a companhia tem vindo a trabalhar nos últimos anos – fala-se, primeiro, de mulheres e da sua ausência das grandes narrativas históricas, bem como dos seus múltiplos papéis nesse tempo único que foi o processo revolucionário português de 1974-75 ou 76 (é difícil dizer quando acabou…). Em Bairro das Ex-Colónias, segunda parte deste díptico, surgem algumas histórias do colonialismo português e da perda de uma “ideia de império” por parte de uma geração que não o viveu directamente, antes do recebeu através das memórias dos pais. O que fica disto tudo, quisemos perguntar? Quanto tempo até que toda a memória se perca, perguntámos mesmo? Aqueles a quem perguntámos, não sabiam como responder a estas perguntas, mas todos eles tinham uma história para contar – a sua história.

Contra o esquecimento e a favor de novas formas dramatúrgicas de se tratar esta transmissão se fazem estes dois solos do Teatro do Vestido.

“As palestras “performativas”, como lhes chama a autora e intérprete Joana Craveiro, dão a ver a variedade infinita de revoluções — clandestinas, à margem — que, vindas de tão longe quanto 1926, desembocaram no 25 de Abril e continuam até hoje, quais veios subterrâneos da liberdade, a alimentar o manancial de memórias e acções políticas em Portugal.” (Jorge Louraço Figueira, in Jornal Público, Novembro 2014)

 

Texto, direcção e interpretação: Joana Craveiro
Tradução “Quotidiano Revolucionário das Mulheres”: Mário Barba
Tradução “Bairro das Ex-Colónias”: José Gonçalo Pais
Assistência e colaboração: Ainhoa Vidal, José Gonçalo Pais, Tânia Guerreiro
Produção: Cláudia Teixeira e Tânia Guerreiro
Estagiária de produção: Mafalda Rôla
Estagiários ESAD: Joana Margarida Lis, João Diogo Ferreira, Vera Bibi
Apoio: Teatro La Puerta Estrecha

Espectáculo em castelhano
Duração: 1h30 (aprox.)
M/12

 

O Teatro do Vestido é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal / Ministério da Cultura/ Direcção-Geral das Artes

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